A Reforma Tributária trouxe uma das mudanças mais comentadas no modelo de arrecadação: o destaque por fora dos novos tributos (CBS e IBS).
Na prática, isso significa que os impostos não estarão mais “embutidos” no preço dos produtos e serviços, mas sim destacados separadamente na nota fiscal.
Mas afinal, quem se beneficia mais dessa lógica? Empresas que atuam no B2B (Business to Business) ou no B2C (Business to Consumer)?
Hoje, quando uma empresa vende um produto ou serviço, os tributos já estão embutidos no preço final. O consumidor vê o valor total, mas não enxerga exatamente quanto está pagando de imposto.
Com a Reforma, o cenário muda: CBS e IBS deverão ser destacados na nota, de forma transparente. Isso facilita a apuração de créditos tributários e aumenta a clareza sobre a carga tributária incidente.
A Reforma Tributária muda de forma significativa o ambiente B2B. Isso porque as vendas entre empresas passam a carregar um diferencial competitivo: quem compra poderá se creditar integralmente dos novos tributos (IBS e CBS), reduzindo o custo efetivo da operação.
Na prática, isso altera o jogo da precificação e das negociações. Fornecedores que destacarem corretamente os tributos terão mais atratividade, já que o cliente aproveita o crédito. Por outro lado, quem não se adaptar pode perder espaço, pois ficará relativamente mais caro para o comprador.
O resultado é um mercado mais transparente e competitivo, no qual a correta compreensão da nova lógica de créditos se torna fundamental para manter margens e fidelizar clientes.
Já para o B2C, em especial no setor de alimentação fora do lar, a lógica é diferente. O consumidor final (pessoa física) não tem direito a créditos tributários.
Ou seja: ele continuará pagando o valor total da nota, mas agora verá explicitamente quanto daquele valor corresponde a impostos.
Isso pode gerar dois efeitos:
No modelo da Reforma, as empresas que atuam em negócios B2B tendem a ser as grandes beneficiadas. Isso porque passam a ter direito a crédito financeiro amplo do IBS e da CBS, eliminando boa parte da cumulatividade que encarecia as cadeias produtivas. Em resumo: o imposto deixa de ser custo e vira crédito aproveitável, melhorando margens e competitividade.
Já no B2C, como nos casos do Food Service, o consumidor final não recebe créditos, mas ganha em transparência. Ele passa a enxergar, de forma clara, quanto daquilo que paga corresponde a tributos. Esse movimento pode gerar pressão por preços mais justos e fortalecer a relação de confiança entre empresas e clientes.
Bares, restaurantes e empresas do setor de alimentação precisarão ter ainda mais cuidado na gestão tributária e de preços. O destaque por fora exige sistemas de gestão preparados para lidar com a nova forma de emissão de notas e para manter o equilíbrio entre transparência fiscal e experiência do cliente.
Na prática, a Reforma não aumenta diretamente a carga tributária do setor, mas expõe com clareza o que antes ficava oculto, exigindo preparo para lidar com essa percepção.
Preparação é a chave
As mudanças começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2026. Até lá, o setor precisa investir em tecnologia e capacitação da equipe para garantir que o destaque por fora seja feito de forma correta, sem prejudicar a operação ou a relação com o cliente final.
Na ACOM Sistemas, estamos atualizando o EVEREST para que empresas do Food Service possam atravessar essa transição com tranquilidade, mantendo a conformidade fiscal e o foco no crescimento.
Horário de atendimento:
Das 8h30 às 18h00 | de Segunda à Sexta-feira
Ao utilizar este site você aceita o uso de cookies para otimizar sua experiência de navegação. Política de Privacidade