B2B ou B2C: quem mais ganha com o destaque por fora?

Publicado em
- Por Rogério Hinça
Laptop computer showing marketing statistics on screen

A Reforma Tributária trouxe uma das mudanças mais comentadas no modelo de arrecadação: o destaque por fora dos novos tributos (CBS e IBS). 

 
Na prática, isso significa que os impostos não estarão mais “embutidos” no preço dos produtos e serviços, mas sim destacados separadamente na nota fiscal. 

Mas afinal, quem se beneficia mais dessa lógica? Empresas que atuam no B2B (Business to Business) ou no B2C (Business to Consumer)

O que significa o destaque por fora 

Hoje, quando uma empresa vende um produto ou serviço, os tributos já estão embutidos no preço final. O consumidor vê o valor total, mas não enxerga exatamente quanto está pagando de imposto. 

 
Com a Reforma, o cenário muda: CBS e IBS deverão ser destacados na nota, de forma transparente. Isso facilita a apuração de créditos tributários e aumenta a clareza sobre a carga tributária incidente. 

O impacto para negócios B2B 

A Reforma Tributária muda de forma significativa o ambiente B2B. Isso porque as vendas entre empresas passam a carregar um diferencial competitivo: quem compra poderá se creditar integralmente dos novos tributos (IBS e CBS), reduzindo o custo efetivo da operação. 

Na prática, isso altera o jogo da precificação e das negociações. Fornecedores que destacarem corretamente os tributos terão mais atratividade, já que o cliente aproveita o crédito. Por outro lado, quem não se adaptar pode perder espaço, pois ficará relativamente mais caro para o comprador. 

O resultado é um mercado mais transparente e competitivo, no qual a correta compreensão da nova lógica de créditos se torna fundamental para manter margens e fidelizar clientes. 

O impacto para negócios B2C 

Já para o B2C, em especial no setor de alimentação fora do lar, a lógica é diferente. O consumidor final (pessoa física) não tem direito a créditos tributários. 

 
Ou seja: ele continuará pagando o valor total da nota, mas agora verá explicitamente quanto daquele valor corresponde a impostos. 

 
Isso pode gerar dois efeitos: 

  • Maior percepção de carga tributária, já que o cliente terá clareza sobre os impostos embutidos. 
  • Necessidade de ajustes na precificação, já que os estabelecimentos precisarão comunicar com transparência os preços e os tributos incidentes, sem comprometer a experiência do consumidor. 

Quem mais ganha, afinal? 

No modelo da Reforma, as empresas que atuam em negócios B2B tendem a ser as grandes beneficiadas. Isso porque passam a ter direito a crédito financeiro amplo do IBS e da CBS, eliminando boa parte da cumulatividade que encarecia as cadeias produtivas. Em resumo: o imposto deixa de ser custo e vira crédito aproveitável, melhorando margens e competitividade. 

Já no B2C, como nos casos do Food Service, o consumidor final não recebe créditos, mas ganha em transparência. Ele passa a enxergar, de forma clara, quanto daquilo que paga corresponde a tributos. Esse movimento pode gerar pressão por preços mais justos e fortalecer a relação de confiança entre empresas e clientes. 

O que muda para o Food Service 

Bares, restaurantes e empresas do setor de alimentação precisarão ter ainda mais cuidado na gestão tributária e de preços. O destaque por fora exige sistemas de gestão preparados para lidar com a nova forma de emissão de notas e para manter o equilíbrio entre transparência fiscal e experiência do cliente. 

Na prática, a Reforma não aumenta diretamente a carga tributária do setor, mas expõe com clareza o que antes ficava oculto, exigindo preparo para lidar com essa percepção. 

Preparação é a chave 

As mudanças começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2026. Até lá, o setor precisa investir em tecnologia e capacitação da equipe para garantir que o destaque por fora seja feito de forma correta, sem prejudicar a operação ou a relação com o cliente final. 

Na ACOM Sistemas, estamos atualizando o EVEREST para que empresas do Food Service possam atravessar essa transição com tranquilidade, mantendo a conformidade fiscal e o foco no crescimento. 


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