Ghost Kitchens e Delivery Avançado: o Novo Paradigma do Food Service 

Publicado em
- Por Rogério Hinça
Mão segurando hamburguer artesanal, imagem gerada por inteligência artificial

A pandemia acelerou transformações no setor de Food Service, consolidando as cozinhas fantasma (ou dark kitchens) como modelo de negócio focado exclusivamente em delivery. Ao dispensar salão e atendimento presencial, essas operações reduzem custos fixos, ganham flexibilidade para testar novos conceitos de cardápio e possuem alta escalabilidade, entretanto precisam contar com tecnologias de roteirização inteligente e integração com marketplaces para garantir eficiência logística e qualidade na entrega. 

O Crescimento das Ghost Kitchens no Brasil, EUA e Europa 

No Brasil, mais de 35% dos novos restaurantes cadastrados no iFood em 2024 optaram pelo formato de ghost kitchen, segundo levantamento do Rio Times. Nos Estados Unidos, o mercado de ghost kitchens alcançou US$ 8,8 bilhões em 2023 e projeta ultrapassar US$ 14 bilhões até 2027 . Na Europa, Reino Unido e Alemanha lideram com crescimento anual médio de 18%, impulsionado pela alta penetração de aplicativos como Deliveroo e Just Eat e pela expansão de dark stores segundo o Coherent Market Insights

Esse cenário de expansão se apoia em três pilares: redução de custos fixos (até 40% menores que em operações tradicionais), agilidade na implantação (o tempo de abertura pode cair de seis meses para oito semanas) e capacidade de experimentar múltiplos conceitos de marca sem grandes riscos financeiros.

Como Funciona a Logística Avançada 

A espinha dorsal das operações 100% delivery é a roteirização inteligente. Plataformas modernas combinam dados históricos de tráfego urbano (por exemplo, Waze no Brasil), variáveis meteorológicas e disponibilidade de entregadores para prever com precisão os tempos de deslocamento. Estudos da McKinsey, mostram que empresas que adotam esses sistemas reduzem em até 20% o tempo médio de entrega e economizam 15% nos custos logísticos . No Reino Unido, a Deliveroo reportou diminuição de 18% no tempo de chegada ao cliente após implementar seu algoritmo próprio de roteirização. 

Para unificar os canais de venda — aplicativos próprios, sites e marketplaces como iFood, Uber Eats, Rappi, Deliveroo e Just Eat — é fundamental a integração omnichannel. Essa integração consolida todos os pedidos em um painel único, sincroniza cardápios e estoque em tempo real e reduz erros de digitação, evitando frustrações por itens esgotados. 

Automação de Cozinha e Padronização 

No backoffice, a automação de processos garante consistência e velocidade. Redes nos EUA, como a Kitchen United, utilizam fornos inteligentes e sistemas de gestão de filas que organizam os pedidos por tempo de preparo e proximidade do entregador, reduzindo gargalos e atrasos. Na Europa, operadores em Berlim aplicam etiquetas RFID para rastrear cada etapa do pedido, assegurando 100% de precisão na expedição . Em São Paulo, testes com fritadeiras programáveis mostraram uma redução de 12% na variabilidade de tempo de cocção em grandes volumes, elevando a uniformidade dos pratos.

Modelos de Ghost Kitchens e Seus Desafios 

Existem três formatos principais de ghost kitchens: 

  • Cozinhas Compartilhadas (Shared Kitchens), em que várias marcas dividem o mesmo espaço e infraestrutura; 
  • Unidades Exclusivas (Dedicated Kitchens), gerenciadas por um único operador que abriga múltiplas marcas; 
  • Módulos Móveis (Kitchen Pods), contêineres ou quiosques pré‑fabricados, muito utilizados em eventos e áreas de grande fluxo. 

Embora as shared kitchens diluam custos, as dedicated oferecem maior controle de qualidade, e os pods garantem mobilidade e rápida instalação, todos enfrentam barreiras regulatórias. No Brasil as normas da ANVISA exigem licenças específicas para cozinhas industriais, e prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro restringem atividades em zonas residenciais. Nos EUA, cidades como Nova York realizam inspeções mensais obrigatórias, enquanto em Berlim a legislação é mais flexível, desde que padrões de higiene sejam atendidos.  

Métricas para Avaliar o Desempenho 

Para gestores e donos de restaurante, acompanhar indicadores é crucial. O Tempo Médio de Entrega (TME) revela a eficiência da roteirização; a Taxa de Cancelamento aponta falhas de estoque ou atrasos; o Custo por Entrega (CPE) inclui combustível, manutenção e taxas de plataforma; e o Índice de Recompra mede a fidelização. A Utilização de Capacidade — relação entre pedidos atendidos e a capacidade máxima — ajuda a ajustar equipes e turnos nos horários de pico. Dashboards claros e em tempo real são aliados estratégicos para a tomada de decisão rápida. 

O EVEREST 3.0 é um ótimo exemplo de plataforma que ajuda na gestão e otimização de processos produtivos, seja em cozinhas tradiconais ou em dark kitchens. Peça uma demonstração e deixe nosso time comercial surpreender você!


Compartilhar

Cadastre-se para receber a nossa Newsletter e as novidades dos produtos ACOM!

Cookie icon in black lines

Ao utilizar este site você aceita o uso de cookies para otimizar sua experiência de navegação. Política de Privacidade